terça-feira, 13 de abril de 2010

Relações Interpessoais - cooperação!


O texto que é apresentado descreve modos de relacionamentos interpessoais, onde como construir uma parceria saudavel ou não, o que recorda um texto escrito pelo psiquiatra Flavio Gikovate, Sawabona Shikoba (SAWABONA, é um cumprimento usado no sul da África quer dizer "eu te respeito, eu te valorizo, você é importante pra mim"; em resposta as pessoas dizem SHIKOBA que é "então eu existo pra vc") , onde este descreve sobre os novos rumos de um relacionamento, onde o saudavel é construir uma relação com base na união de dois inteiros, uma "parceria".


Os relacionamentos interpessoais acontecem em diversas esferas e indubitavelmente são alguns dos mais imprevisíveis da natureza. As relações entre animais menos desenvolvidos intelectualmente são essencialmente regidas pelo instinto, uma manifestação natural das necessidades biológicas.
O homem, no entanto, é uma das únicas criaturas conscientes de seus instintos irracionais e capaz de sobrepujá-los, podendo fazer escolhas dando preferência a outros aspectos da consciência. Isso amplia exponencialmente a complexidade das relações humanas, uma vez que somos dotados de uma imensurável diversidade emocional. As circunstâncias que motivam a interação humana são variadas, porém, por unanimidade, é sempre estabelecida uma relação de troca.
Seja amistoso, afetivo ou profissional, qualquer relacionamento envolve expectativas, responsabilidades, decepções, vantagens, enfim, apenas o fato de envolver ao menos duas pessoas já faz desse envolvimento algo excepcional. Ter de conviver e eventualmente depender de outro indivíduo pode não ser confortável para muitos, não é raro encontrar pessoas que escolhem a solidão por ter outras prioridades.
Isso, porém, apenas acontece em relações onde não há coerência, onde há desigualdade em benefícios e malefícios. Há uma palavra que determina o sucesso de qualquer relacionamento, um elemento sem o qual duas pessoas jamais poderiam conviver adequadamente: cooperação.
Em uma relação cooperativa, ambos os lados saem satisfeitos. É o formato ideal e almejado por todos, porém exige pessoas empáticas e maduras o suficiente para entender que nem sempre será feita apenas sua própria vontade, que há de haver a busca pelo consenso. Quando há negociações produtivas, as soluções acordadas são de soma ampliada, de modo que as partes entendem que conseguiram um resultado melhor do que se o tivessem feito sozinhos.
O curioso é que nesse tipo de relação, não há dois lados, mas apenas um lado vencedor, o que ambos construíram e que, pois, os torna mais confiantes, motivados e comprometidos. Uma relação exige cuidados e muitas vezes eles incluem a abdicação voluntária do Eu para a melhor manutenção do Nós, que poderá ser o melhor a longo prazo. O benefício principal dessa abordagem é que, uma vez visualizados seus efeitos, os indivíduos a percebem como melhor opção e se sentem confiantes para continuar empregando-a, de modo a prolongar os benefícios.
Essa fórmula serve para todo o tipo de relacionamentos, pois se no relacionamento comercial há a troca de bens, nos amorosos e amistosos há a troca de afeto, que também precisa ser bem direcionada. Caso contrário, a relação não será positiva para ambos, de modo que irá de fato se tornar uma relação unilateral, porém onde o lado egoísta/possessivo se beneficiará do passivo/submisso.

2 comentários:

  1. Ótimo texto, João.
    Acredito que, mesmo racionais, somos parte de um todo que acontece em equilíbrio. Cedo ou tarde a gente percebe que só se é pleno quando se encontra um ponto de equilíbrio. Isso vale para relações profissionais, familiares e afetivas. Sabe quando alguém está caminhando, perde o equilíbrio e sai andando mais rápido, tropeçando e caindo pra frente? É mais ou menos isso que acontece com um indivíduo egoísta. Ele vai mais longe mais rápido, mas é bem provável que vá cair e se machucar. Caminhando junto, a gente vai mais de vagar, mas mesmo assim, vai. Pode até cair, mas tem alguém pra ajudar a levantar.

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  2. com certeza rafa, caminhando lado a lado, essa é a meta para se conquistar algo, nem atrás, nem a frente, ao lado!

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