terça-feira, 21 de abril de 2009

ONIOMANIA








Oniomania, ou o comprar compulsivo, é uma doença, que muitos indicam como uma doença moderna, porém temos relatos antigos de compradores compulsivos como Maria Antonieta, rainha da França, Mary Todd Lincon, mulher do ex presidente americano Abrahanm Lincon,Jackeline Kennedy Onasssis, entre outras. Essa doença caracteriza-se por um excesso de preocupações excessivas e desejos relacionados com a aquisição de objetos e por um comportamento caracterizado pela incapacidade de controlar compras e gastos financeiros. Presente em 2 a 8% da população geral, sendo mais freqüente nas mulheres, apesar de algumas pesquisas afirmarem que a prevalência masculina é subestimada. O inicio da doença é marcado por volta dos 18 anos de idade, devido a independência financeira. Entre as mulheres os objetos preferidos são roupas, bolsas, sapatos, perfumes, maquiagem e jóias; já nos homens encontram-se os eletroeletrônicos e outros objetos que sugerem statuts social elevado: ternos caros, relógios, “bugigangas” eletrônicas, carros e acessórios.






A causa é desconhecida. Os compradores compulsivos apresentam personalidade e identidade frágeis, com baixa auto-estima, sendo suscetíveis à opinião alheia e cedendo a esta. Há um estimulo social que existe para o consumo, em que privilegia o “ter” e não o “ser”, estabelecendo um padrão de sucesso e felicidade obtido por meio de dinheiro e dos objetos adquiridos. A soma desses aspectos associados a um fator estressor (como brigas, conflitos, discussões familiares e/ou profissionais, frustrações, angustia, ansiedade) desencadeia emoções negativas que levam o individuo a episódios de compras compulsivas; sendo assim o ato de comprar é vivido pelos pacientes como alivio para suas emoções negativas. O individuo sente um desejo irresistível de comprar. A compra geralmente desnecessárias ou em quantidades exageradas, ou seja o gastar dinheiro mais que o necessário. As compras são realizadas a crédito, com cartão de crédito, cheques pré-datados, realizando diversas compras parceladas sem se dar conta do valor mensal de todas as parcelas juntas, ultrapassando sua receita e contraindo dívidas. Após a compra, o individuo passa a sentir-se culpado por não ter conseguido manter o controle, ou seja, a aquisição de bens materiais representa um conforto efêmero e não resolvendo suas angustias, as frustrações e muito menos a baixa auto-estima. O comprador compulsivo percebe a inadequação de seu comportamento e tende a esconder dos familiares e amigos seus gastos com compras. As dificuldades de reconhecimento da doença são realizadas também pela sociedade que valoriza o consumo.

O tratamento do paciente tem que ser realizado com acompanhamento psiquiátrico, sendo indicado o uso de medicamentos, como os antidepressivos e estabilizadores de humor, e psicoterapia, podendo ser realizada na abordagem psicanalítica e cognitvo comportamental.