sexta-feira, 27 de agosto de 2010

psiquiatra psicologo psicanálise

O termo “psi”, bastante utilizado pelas pessoas, muitas vezes pode ser permeado de confusão quanto aos significados, principalmente quando se refere aos profissionais indicados por este termo: psiquiatra, psicólogo ou psicanalista.


O psiquiatra é um profissional da medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em psiquiatria, esta é composta de 2 ou 3 anos e abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele é apto a prescrever medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo. Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados.

O psicólogo tem formação superior em psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 4 anos para o bacharelado e licenciatura e 5 anos para obtenção do título de psicólogo. No decorrer do curso a teoria é complementada por estágios supervisionados que habilita o psicólogo a realizar psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação, entre outras. Pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar, social, do trabalho, entre outras.

O profissional pode optar por um curso de formação em uma abordagem teórica, como a gestalt-terapia, a psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental.

O psicanalista é o profissional que possui uma formação em psicanálise, método terapêutico criado pelo médico austríaco Sigmund Freud, que consiste na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa, baseado nas associações livres e na transferência. Segundo a instituição formadora, o psicanalista pode ter formação em diferentes áreas de ensino superior.







por Patrícia Lopes

Equipe Brasil Escola

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Cinematerapia

A loucura é a expressão em grande escala de características mentais existentes em todo ser humano. E a tela de cinema parece exacerbar ainda mais o que já é exagero por natureza.
O interesse coletivo é compreensível: como existem mais de 150 tipos diferentes de doenças mentais, é provável que a maioria das pessoas tenha um conhecido com problemas ou sofra de um.
Por isso, abordar os transtornos da mente em filmes favorece muita gente: desde o cineasta, que atrai mais público, até o espectador, que se envolve com o roteiro.
Mais recentemente, psiquiatras, psicólogos e pacientes buscam entender melhor os distúrbios mentais com a ajuda do cinema.
É o que propõe a cinematerapia, uma das mais novas ferramentas usadas por especialistas para ajudar o paciente em seu processo de autoconhecimento.
No Brasil, alguns psiquiatras e psicólogos já recorrem a histórias de transtornos mentais como ponto de partida para que o doente ou algum familiar compreenda melhor o problema.
Para quem sofre com a dificuldade de se relacionar ou de se comunicar, por exemplo, alguns personagens podem ainda servir de modelo.
Nesse caso, o filme nem precisa abordar uma doença específica ou o problema do paciente.
Ele assiste à história e, com o terapeuta, tenta alterar seu comportamento usando soluções apresentadas pelos personagens.
"Ajuda na sessão, para o paciente expressar melhor as próprias emoções. Também pode ajudar em casa, quando há problemas de diálogo entre os familiares, por exemplo", explica o psiquiatra Vitor Hugo Sambati Oliva, que pesquisa cinema e psiquiatria na Faculdade de Medicina da USP.
Oliva publicará na próxima edição da "Revista de Psiquiatria Clínica" o primeiro artigo brasileiro sobre estudos já realizados com a cinematerapia. Os resultados encontrados são positivos.
Conectar os estudos da mente com a abordagem do cinema é tendência no país. Em diversas regiões do Brasil, ocorrem palestras e outras formas de discussão que reúnem filmes, cineastas e algum médico ou psicólogo.
O Instituto de Psiquiatria da USP, por exemplo, planeja para o segundo semestre mostras de filmes para leigos, para abordar problemas mentais. A primeira, ainda sem data definida, pretende discutir o autismo.
Para Oliva, o interesse não vem só de doentes e seus familiares. "A arte instiga a pessoa a uma reflexão e a ajuda a se conhecer melhor, independentemente de ter um transtorno mental."
LOUCA FICÇÃO
O livro "Cinema e Loucura" foi lançado em junho no Brasil. A ideia é usar a produção cinematográfica nacional e estrangeira para ajudar leigos e especialistas a compreender melhor asmanifestações dos transtornos mentais.
A publicação reúne informações sobre mais de 180 filmes, analisados do ponto de vista da psicologia.Os personagens foram avaliados pelo psiquiatra Elie Cheniaux, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, e pelo psicólogo J. Landeira-Fernandez, diretor do núcleo de neuropsicologia clínica e experimental da PUC do Rio de Janeiro.
Há análises de personagens emblemáticos, como os do clássico "Um Estranho no Ninho". Filmes mais inusitados também estão presentes. Da animação "Procurando Nemo", por exemplo, é escolhida a personagem Dory, que sofre de amnésia.
Os autores apontam o diagnóstico dos personagens, com explicação detalhada dos sintomas de cada distúrbio encontrado.
"Não é por acaso que existem tantos filmes com transtornos mentais. O louco torna o filme mais interessante. Ao mesmo tempo que atrai, há aquele medo de enlouquecer ou de ser atingido por um louco incontrolável", analisa Cheniaux.
O uso de filmes como referências para estudo também tem se tornado cada vez mais frequente.Universitários buscam discutir em sala de aula o perfil dos falsos pacientes para entender melhor os transtornos. Há alguns anos, a "Revista Internacional de Psicanálise" inclui a análise de um filme em cada publicação.
"Dá para mostrar também como alguns quadros psicopatológicos relatados no cinema não convergem com a realidade. Muitas vezes é mostrado um sujeito maluco, agressivo. Em muitos casos, o cinema tenta passar uma imagem errada do senso comum", argumenta Landeira-Fernandez.
FALSOS PROBLEMAS
O uso do imaginário coletivo para montar os personagens também pode estimular estereótipos ruins dos transtornos mentais.
"Se você pega os "serial killers", vê que são parte de um cinema industrial, que usa esses monstros para vender.
A loucura aparece para assustar mesmo, para reforçar medos", analisa o psicanalista Sérgio Telles, coordenador do grupo de psicanálise e cultura do Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo.
No livro brasileiro, esses personagens estão no capítulo chamado de "Loucuras mal resolvidas" -com transtornos inventados para criar um enredo mais interessante. É o que ocorre com "Clube da Luta" e "12 Macacos".
Mas ninguém quer cobrar do cinema uma verossimilhança que não lhe cabe.
"Os filmes prestam um excelente serviço de entretenimento, e a gente pega carona nisso como ferramenta de estudo", pondera Fernandez.
Para ele, os filmes não conseguiriam se sustentar somente com transtornos reais. "A realidade do distúrbio mental é crua, não tem nada de legal. Mas é um dos ingredientes mais usados porque surpreende, sai do padrão", acrescenta.
por JULLIANE SILVEIRA, folha on line.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Atividade física versus fibromialgia


Quem se exercita pouco corre mais risco de desenvolver fibromialgia, doença crônica caracterizada por dores difusas no corpo e que atinge preferencialmente as mulheres a partir dos 40 anos.

A conclusão vem de um estudo feito na Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU) e publicado na revistaArthritis Care & Research. A pesquisa se baseou nos dados de quase 16 mil mulheres norueguesas cujo estado de saúde foi examinado em dois momentos em meados dos anos 80 e, mais tarde, entre 1995 e 1997. Da amostra total, 2.380 participantes tinham diagnóstico do distúrbio na segunda avaliação. As análises mostraram que o risco de desenvolver fibromialgia foi 30% menor em mulheres que relataram, na primeira etapa do estudo, praticar exercícios quatro vezes por semana, em comparação às fisicamente inativas. Como era de esperar, o sobrepeso e obesidade, consequências típicas do sedentarismo, também apareceram como fatores de riscopara a doença. A causa da fibromialgia é desconhecida, mas há suspeitas de que citocinas pró-inflamatórias, secretadas por células do sistema imune, tenham um papel importante no aparecimento dos sintomas. Para os pesquisadores, o efeito preventivo da atividade física regular poderia estar relacionado ao seu efeito modulador sobre o sistema imunológico


por Luciana Christante ( revista mente & cérebro)

sábado, 21 de agosto de 2010

Sociopata ou Psicopata ?




Psicopatia e a sociopatia são denominadas como transtorno de personalidade anti-social (TPA), refere-se a um transtorno caracterizado por atos anti-sociais contínuos (sem ser sinônimo de criminalidade) e principalmente por uma inabilidade de seguir normas sociais em muitos aspectos do desenvolvimento da adolescência e da vida adulta. As pessoas com este transtorno não apresentam quaisquer sinais de anormalidade mental (alucinações, delírios, ansiedade excessiva, etc.) o que torna o reconhecimento desta condição muito difícil. Este transtorno é de natureza crônica que se inicia como transtorno de conduta em torno de 15 anos e consolida-se como TPA aos 18 anos; mais freqüentes no sexo masculino; tendo componentes genéticos, familiares, neurológicos e sociais. O número de seus portadores vem aumentando muito na sociedade atual; apresentam uma inteligência média e alguns são muito inteligentes. Usam principalmente os recursos verbais e são muito convincentes nas suas argumentações. Muitos cometem crimes violentos (a maioria não) e são conhecidos os casos de matadores em série, terroristas e líderes do crime organizado.
Entre as características dos sociopatas, a principal é o desprezo pelas obrigações sociais e a falta de consideração com os sentimentos dos outros;possuem um egocentrismo exageradamente patológico, emoções superficiais, teatrais e falsas, pouco ou nenhum controle da impulsividade, baixa tolerância à frustração, baixo limiar para a descarga de agressão; irresponsabilidade, falta de empatia com outros seres humanos, ausência de sentimentos de remorso e de culpa em relação ao seu comportamento; são cínicos, incapazes de manter uma relação leal e duradoura, manipuladoras e incapazes de amar. Eles mentem exageradamente sem constrangimento ou vergonha, subestimam a insensatez das mentiras, roubam, abusam, trapaceiam, manipulam dolosamente seus familiares e parentes, colocam em risco a vida de outras pessoas e, decididamente, nunca são capazes de se corrigirem. Esse conjunto de caracteres faz com que os sociopatas sejam incapazes de aprender com a punição ou incapazes de modificar suas atitudes. Quando os sociopatas descobrem que seu teatro já está descoberto, eles são capazes de darem a falsa impressão de arrependimento, falseiam que mudarão "daqui para frente", mas nunca serão capazes de suprimir sua índole maldosa. Não obstante eles são artistas na capacidade de disfarçar de forma inteligente suas características de personalidade. Na vida social, o sociopata costuma ter um charme convincente e simpático para as outras pessoas e, não raramente, ele tem uma inteligência normal ou acima da média.

E você, conhece algum psicopata? Analise ao seu redor. Quando ouvimos essa palavra, logo pensamos em criminosos violentos, serial killers, como vemos na TV e no cinema. Mas a verdade é que nem todos eles são assim. Após anos de experiência no atendimento a vítimas de psicopatas, a Dra. Martha Stout traça um retrato preciso desses indivíduos, explica como identificá-los e ensina 13 regras para nos defendermos da ameaça que eles representam, no seu livro, "Meu Vizinho é um Psicopata". Foi lançado em 2005 nos Estados Unidos e publicado em vários países, se tornou uma referência sobre o assunto e ganhou o prêmio Books for a Better Life (Livros para uma vida melhor) daquele mesmo ano por sua significativa contribuição à sociedade.


"Este livro deve ser lido como uma vacina. Com casos clínicos claros, ele nos ensina a identificar as pessoas que podem nos causar muito sofrimento. E a única arma para lidar com um psicopata é o conhecimento."- Fátima Vasconcellos, presidente da Associação Psiquiátrica do Estado do Rio de Janeiro e especialista em Psiquiatria Forense pela Associação Brasileira de Psiquiatria

Referencias: